O que é?
Você já pensou alguma vez que o shofar é um dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem? Somente a flauta do pastor - chamada Ugav, na Bíblia - o iguala em idade (de acordo com algumas opiniões). O shofar, porém, é o mesmo que aquele usado há milhares de anos. Durante a história da humanidade foram inventados instrumentos novos, abandonados os velhos e somente nos museus poderemos encontrar uma flauta antiga. Não é digno de admiração que ainda nos apeguemos ao antigo shofar?
Naturalmente, se você considerar o Shofar como um "instrumento musical" não tem grande valor. O shofar não produz sons delicados como o clarim moderno, a trombeta ou outro instrumento de sopro. Mas, para nós, o shofar não é um instrumento "musical"; não é usado por prazer ou divertimento. Longe disto; tem um sentido muito mais profundo. É um chamado para o arrependimento, avisando a chegada dos Dez Dias de Arrependimento, que começam com Rosh Hashaná (Ano Novo Judaico) e culminam com Yom Kipur (Dia do perdão).
Ocasiões em que era tocado
Nos tempos antigos, o shofar era usado em ocasiões solenes. A palavra shofar é mencionada pela primeira vez em conexão à Revelação Divina no Monte Sinai, quando "a voz do shofar era por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu". Assim, o shofar em Rosh Hashaná deve nos lembrar a aceitação da Torá e nossas obrigações decorrentes de suas Leis.
O shofar também era tocado quando guerreávamos contra inimigos perigosos. Portanto, o shofar de Rosh Hashaná deve servir como um grito de guerra contra o nosso inimigo espiritual, e nosso inimigo interior, impulsos maus e paixões ilícitas.
O shofar foi tocado no ano de Yovel (Jubileu), anunciando a libertação da escravidão e da penúria. O seu som,(Também em Rosh Hashaná) deve ser também sinal de quebra das correntes de pecados, de maneira que possamos começar uma nova vida com o coração puro, sintonizado em servir a D'us e aos semelhantes
(Fonte site Judeu Beit Chabad)